terça-feira, 18 de agosto de 2009

Como transformar o medo de dentista em oportunidade de negócios?

Separei alguns textos interessantes sobre o medo de ir ao dentista. Vamos discuti-los:




Todo CD teve oportunidade de atender (ou deixar de atender...) um paciente que sofre de “medo de dentista”.
Um certo receio é até cultural na nossa população. A maior parte das pessoas o tem. No entanto
de 4 a 8% da população tem autêntico pavor do atendimento odontológico, com conseqüências desastrosas para a saúde bucal. O medo reforça a sensação subjetiva de dor, que “confirma” a sensação de medo. Pessoas chegam a desmaiar na cadeira do dentista...



Texto completo: Tomaso Psicoterapia
O tratamento dentário sempre causou muito medo às pessoas.
O equipamento, os instrumentais, os aparelhos usados antigamente causavam, no mínimo, um desconforto grande ao paciente, isto sem dizer da dor propriamente. Não havia agulhas descartáveis...
Ao se aplicar uma anestesia, . é evidente que se traumatizava mais do que o necessário.Para uma cavidade ser aberta, usava-se a caneta de baixa rotação e esta só funcionava bem sob pressão. Além da força, o paciente sentia também o trepidar até mesmo da cabeça toda. Um horror!Estas práticas todas, comuns para a época, causavam muita dor ao paciente.
E foi assim que se espalhou a notícia de boca em boca: dentista passou a ser sinônimo de DOR.

O DESCONHECIDO


O paciente, criança ou adulto, vinha então ao consultório como quem vai para o matadouro. Certo, absolutamente certo que ia sofrer.Este conceito foi se efetivando pelos motivos citados anteriormente e também porque, isto em especial para crianças, o consultório de um dentista, com todos aqueles equipamentos, todos aqueles instrumentais, tudo tão grande, tão atemorizante, representava o desconhecido e nós temos sempre medo do desconhecido!
Quando este desconhecido se torna conhecido, o medo desaparece (ou diminui muito).




Texto completo: Saúde Total - Dra. Lucia Nagib Kfouri


Realmente o medo é um sentimento constante na rotina do dentista. Mas como minimizá-lo e até extingui-lo?
Minha experiência profissional tem mostrado dados semelhantes aos apresentados pela Dra. Lucia Kfouri, que associa o medo às experiências pregressas dos pacientes. Percebo também que a informação sobre a evolução tecnológica da odontologia não chegou para o público geral.

Hoje dispomos de diversos recursos para diminuição da ansiedade, tanto drogas ansiolíticas como o óxido nitroso, que também fornece analgesia, diminuindo assim a dor. Mas considero estes meios a última opção nos casos de fácil tratamento, como procedimentos de clínica geral. E são poucos profissionais que possuem a aparelhagem para utilização do óxido nitroso, pois o custo é alto e poucos pacientes podem pagar para ter esse benefício.
Outra questão importante sobre a diminuição do medo de ir ao dentista está relacionada à confiança que o paciente tem no profissional.
Na verdade considero esta última a questão principal para diminuição da ansiedade do paciente na primeira consulta. Atendi muitos pacientes com verdadeiro pavor de ir ao dentista. Inclusive um caso inicial de Síndrome do pânico. A solução foi muito simples... Confiança, credibilidade e paciência.
A primeira consulta é o momento em que o paciente conhece o dentista. Caso haja empatia entre as partes, esta ansiedade pode ser drasticamente diminuída. Lembro de casos em que recebia a pessoa na sala de espera e a primeira coisa que ouvia era sobre o pavor de dentista...
Meu tratamento para estes casos era: ouvir!
Sempre dediquei um espaço grande em minha agenda para a primeira consulta, no mínimo 40 minutos. Neste tempo tinha condições de fazer uma anamnese com calma, exame clínico, fotografar o paciente, solicitar exames complementares, conversar com o paciente sobre sua condição bucal e propor o plano de tratamento.
No momento em que conversava sobre o plano de tratamento, procurava utilizar os recursos disponíveis para melhorar minha comunicação com o paciente. Na literatura consta que as pessoas possuem como principal canal de comunicação o canal visual. Portanto, sempre utilizei recursos visuais para incrementar a compreensão do paciente sobre o que estava falando (afinal, nem todos os pacientes sabem o que significa núcleo metálico fundido!).
Era notória a reversão do quadro de ansiedade do paciente, e comumente iniciava o tratamento nos dias seguintes.
Portanto, caso você queira diminuir a ansiedade de seus pacientes, ouça.. tenha calma... converse...
Discuta o tratamento. Mas também discuta outros assuntos. Lembre-se que os fatores que levam o paciente a gostar do dentista
não levam em consideração a qualidade técnica do trabalho odontológico, mas sim fatores humanos e de relacionamento interpessoal.





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